PROCIÊNCIA 2011

Ao Prof. Dr. Ruy Garcia Marques
Diretor Presidente da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ)
Rio de Janeiro, 24 de agosto de 2011.

Ilmo. Sr. Presidente,

Mais uma vez, a comunidade acadêmica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ - vem recorrer a V. Sa. no intuito de dar continuidade à ampliação do programa PROCIÊNCIA de nossa Universidade.

Como é do conhecimento da comunidade acadêmica do Estado do Rio de Janeiro e em todo o país, o PROCIÊNCIA, implementado em 1995 em parceria com a FAPERJ, permitiu que a UERJ num curto espaço de tempo, não só atraísse para seus quadros um grupo extremamente qualificado e dedicado de profissionais, como serviu de suporte para que seus docentes investissem fortemente na produção acadêmica. Desde então, o PROCIÊNCIA tem servido de estímulo à produção técnica-científica e artística e, também, assegurado a permanência destes profissionais na Universidade, evitando a fuga para outras instituições, mesmo em momentos recentes em que o salário era bem pouco atrativo.

Desde a implantação do programa PROCIÊNCIA, diversos professores optaram voluntariamente por dedicarem-se à Universidade.

Nas últimas edições deste importante e inovador programa, os professores que, mesmo com elevada pontuação, não lograram ser enquadrados no número de bolsas inicialmente concedidas foram posteriormente enquadrados em bolsas adicionais concedidas pela FAPERJ em ação conjunta com a Universidade. Isto demonstra o forte reconhecimento e apoio que o programa tem recebido da Secretaria de Estado de Ciência de Tecnologia e Inovação (SECT&I), da FAPERJ, e da própria Reitoria da UERJ.

Na seleção de 2011, foi confirmada a velocidade que o corpo docente demonstra na ampliação de suas atividades de qualidade e, com uma pontuação superior à seleção de 2009, diversos candidatos não foram selecionados porque essa elevação de qualidade não tem sido acompanhada, com facilidade, pela ampliação do número de bolsas, causando ansiedade e, em alguns momentos, um sentimento de frustração em toda a Instituição.

No Edital de 2011, 300 professores se inscreveram, tendo sido aprovados um total de 279 professores, para 221 bolsas. Isto significa que 58 professores (cerca de 20%) da demanda qualificada, não estão incluídos no programa para o período 2011-2014 ou pior, estão deixando, assim, de fazer parte deste grupo, com conseqüências imprevisíveis para a instituição. Vale destacar que o processo seletivo de 2011 foi o mais competitivo desde sua implantação. Este ano, a nota mínima para classificação foi de 850 pontos em um total de 1000 pontos possíveis. Nossa instituição precisa apoiar esses excelentes pesquisadores.

Desta forma, solicitamos a V.Sa. que, juntamente com a Reitoria da UERJ e a SECT, viabilizasse a inclusão destes 58 professores e que seja estabelecida uma política contínua de reconhecimento e apoio aos candidatos aprovados neste rigoroso processo para as seleções futuras.